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Cobra Norato


Uma tapuia engravidou de um boto

E deu à luz a filhos gêmeos:

Maria Caninana e Honorato.

Duas serpentes que brincavam n’água.


Maria Caninana era malvada,

Embarcações alagava,

Náufragos afogava,

Peixes pequenos machucava.


Já o irmão era bondoso

E cansado das maldades da mana,

Cobra Norato matou Caninana.


De noite, homem... de dia, cobra grande!

Um rapaz elegante todo de branco

Grande dançarino, Norato encantava,

assim como seu pai, as moças que encontrava.


Para quebrar o feitiço:

Três gotas de leite de mulher

em sua boca um corajoso deverá pingar,

e com um golpe de aço virgem

sua cabeça fazer sangrar!


Com a grande cobra ninguém queria mexer!

Eis que um valente soldado

pelo amigo sensibilizado

conseguiu o encanto quebrar.


Norato deixou seu corpo antigo,

Tornou-se homem por definitivo.

E a pele da serpente

Trataram logo de queimar.


O projeto foi contemplado pelo PRÊMIO POR HISTÓRICO DE REALIZAÇÃO EM LITERATURA – Autores, EDITAL PROAC EXPRESSO LEI ALDIR BLANC Nº 49/2021


- Autoria, direção, roteiro, coordenação do projeto, pesquisa, narração e criação: Ana Paula Carneiro @ana.paula.carneiro

- Produção e assessoria de imprensa: Tiago Munhoz @tiago.munhozz

- Ilustrações, roteiro de animação, storyboard, arte gráfica: Ricardo Bagge @bagge_cartum

- Designer de animação, designer gráfico: Mateus Calderan @umbigae

- Produção musical e desenho sonoro: Thiago Faustino @thiagofauster

- Edição de vídeo: João Medeiros @joaovmedeirosss

- Revisão de texto: Ana Amélia Maciel - @amora_comunicacaoecultura




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